O documentário “Castelo de Pedras Altas: Um Legado em Meio ao Pampa” está disponível no Youtube e nos convida a um passeio pela paisagem característica do sul do Brasil, explorando a história e a biodiversidade que cercam o icônico Castelo de Pedras Altas. Erguido entre 1909 e 1913 por Joaquim Francisco de Assis Brasil, a construção guarda a memória da paixão do diplomata e político pela botânica.
Produzido pelo projeto Pampa Singular, coordenado pelo professor João Ricardo Vieira Iganci, do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o projeto é um minucioso trabalho de inventário do acervo botânico, inspirado nos diários de Cecília Assis Brasil, filha do diplomata, que detalha sobre as espécies que Assis Brasil tanto amava, através de uma perspectiva íntima. Ele foi pioneiro ao introduzir diversas espécies de plantas em suas terras, décadas antes de serem cultivadas em outras partes do Brasil, reforçando sua visão pioneira e experimental no cultivo em uma área que, à primeira vista, parecia inóspita.
Por meio de colaborações com professores, estudantes e músicos da UFPel, o vídeo se desdobra em um estudo que é tanto científico quanto artístico. A trilha sonora, produzida por Leandro Maia e seus alunos do Conservatório de Música, complementam as imagens capturadas pela produtora Rastro Selvagem. A técnica da ilustração científica, mencionada no contexto do estudo botânico, desempenha um papel importante na representação precisa das espécies, combinando ciência e arte para documentar a biodiversidade de maneira detalhada e esteticamente atraente.
Além da botânica, o documentário também explora o vasto patrimônio cultural do castelo, incluindo uma biblioteca valiosa com mais de 8.000 volumes, entre eles a primeira enciclopédia do mundo, escrita por Diderot e d’Alembert.
“Todo o patrimônio que existe dentro desse Castelo é imenso. Ele é de uma grandeza enorme para a história do Rio Grande do Sul. Para a gente entender como viviam também essas famílias no Rio Grande do Sul, no final do século XIX, início do século XX. A quantidade e a imensidão de objetos existentes aqui é muito, muito grande. E eles são muito importantes.”, diz Nóris Leal, coordenadora de ações de preservação do acervo patrimônio cultural do Castelo.
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